Os erros relacionados ao uso de medicamentos são um problema de saúde pública global. Esses eventos evitáveis podem comprometer tratamentos, gerar efeitos adversos graves e até levar à morte. Uma recente revisão sistemática trouxe dados alarmantes sobre a frequência e os impactos desses erros em diferentes regiões do mundo.
Danos Evitáveis por Medicamentos: Uma Realidade Silenciosa
Estudos revelam que 1 em cada 20 pacientes sofre algum tipo de dano evitável relacionado ao uso de medicamentos. Isso inclui erros na prescrição, administração ou monitoramento de fármacos — etapas críticas que, quando mal executadas, colocam em risco a segurança do paciente.
O impacto dos erros é ainda mais grave em países de baixa e média renda. Nesses locais, a taxa de erros é quase o dobro em comparação aos países de alta renda, refletindo fragilidades estruturais nos sistemas de saúde, como a escassez de recursos, falta de protocolos padronizados e limitações no acesso à tecnologia.
Onde os erros acontecem?
A revisão identificou as três etapas mais vulneráveis no processo de uso de medicamentos:
- Prescrição (53%) – quando o medicamento errado é indicado, ou a dosagem, via ou frequência estão incorretas.
- Monitoramento (36%) – falhas na avaliação da resposta ao tratamento, interação medicamentosa ou aparecimento de efeitos adversos.
- Administração (22%) – erros na aplicação do medicamento, como doses erradas ou via inadequada.
2. Sistemas Descentralizados
Instalados próximos ao ponto de atendimento, esses sistemas permitem um acesso mais rápido e seguro aos medicamentos nas próprias unidades de internação, promovendo maior agilidade no cuidado ao paciente.
Principais tecnologias:
- Armário de Dispensação Automatizado: trata-se de armários computadorizados que liberam medicamentos conforme a prescrição médica, com controle de acesso e registro de uso.
- Assistente Robótico de Enfermagem e Nanorrobôs: robôs que auxiliam na administração de medicamentos e na monitoração do paciente, além de nanorrobôs em fase experimental voltados para diagnósticos e entrega de fármacos em nível celular.
Esses números mostram a necessidade de ações coordenadas e sistêmicas para garantir a segurança do paciente em todas as etapas do processo medicamentoso.
Estratégias para Prevenir Erros de Medicação
A redução dos erros exige uma abordagem multidisciplinar e contínua. Entre as principais estratégias recomendadas, destacam-se:
- Treinamento constante de profissionais de saúde para garantir o conhecimento atualizado sobre protocolos e boas práticas;
- Adoção de tecnologias seguras, como sistemas informatizados de prescrição, códigos de barras e armários automatizados;
- Monitoramento contínuo dos pacientes, com foco na detecção precoce de reações adversas e ajustes terapêuticos.
Erros de medicações são evitáveis e sua prevenção é um dos pilares da segurança do paciente. Investir em educação, tecnologia e vigilância ativa pode salvar vidas e melhorar significativamente os resultados clínicos.
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